O profeta Maomé |
O Islamismo inspira multidões e cresce cada vez mais. Hoje é a religião que mais cresce no mundo. No final do século XX, ultrapassou o catolicismo em número de fiéis. Já há mais de 1 bilhão de muçulmanos no mundo. Esse crescimento se verifica até mesmo em áreas tradicionalmente cristãs, como a Europa, a África Ocidental e os Estados Unidos. Na Alemanha, eles são atualmente cerca de 3% da população, em sua maioria imigrantes de origem turca. No Brasil, estima-se que já exista mais de meio milhão de muçulmanos, principalmente me São Paulo, Brasília e Foz do Iguaçu. São descendentes de árabes e negros empenhados em recuperar suas raízes islâmicas.
O islã, reunindo elementos do judaísmo e do cristianismo, é considerado a última das três grandes religiões monoteístas, depois do judaísmo e do cristianismo. Para os muçulmanos, Maomé é o último dos profetas de Deus (Alá, para os árabes), numa linhagem que começa com Adão e passa por Noé, Abraão, Moisés, Davi, Salomão, João Batista e Jesus Cristo. Todos mensageiros de um mesmo Deus, Javé ou Alá. Vários princípios islâmicos vêm do judaísmo e do cristianismo, como o respeito aos Dez Mandamentos, o Juízo Final e a noção do Paraíso.
Como surgiu o islã:
Alcorão |
Século VI. Na região desértica da Península Arábica viviam os sarracenos – beduínos nômades, de origem semítica, de pele clara, mas tostada pelo sol. Sua forma de organização social se baseava nas tribos, onde conviviam os clãs. Suas aldeias se erguiam em torno dos oásis, separados entre si por longas distâncias. A cidade mais importante da região era Meca. Não apenas por ser um posto de abastecimento de água para as caravanas, como também por estar situada numa encruzilhada de caminhos que levavam ao Egito, à Síria e à Mesopotâmia. Meca é, até hoje, um grande centro de peregrinação religiosa: ali está a Caaba (cubo), um edifício retangular, de pedra, com 15 metros de altura. Num de seus ângulos, encontra-se a famosa Pedra Negra (provavelmente um meteorito), que, segundo a tradição árabe, foi trazida pelo anjo Gabriel e em cujo interior até 630 havia centenas de ídolos.
Quando Maomé nasceu, por volta de 570, Meca era um próspero centro comercial. Aos 20 anos, ele passou a trabalhar para Kadidja, uma viúva rica da cidade, 15 anos mais velha, com a qual casou aos 25.
Com o casamento, Maomé pôde viajar a frente das caravanas da mulher, conhecendo terras, pessoas e novos costumes. Nessas viagens, despertou para a religião.
Pedra Negra |
Aos 40 anos, durante o Ramadã, o mês de peregrinação a Meca e a Caaba, subiu com a família ao monte Hira, para o retiro tradicional. Certa manhã, ao acordar, teria visto um anjo que lhe disse: “Maomé, és o mensageiro de Alá e eu sou Gabriel”. Após a primeira revelação, vieram outras. Aos poucos, foi se convencendo de que era um profeta. O anjo teria ordenado que pregasse aos árabes. E o principal tema da pregação era a existência de um só deus, Alá.
Maomé atraiu a oposição dos governantes de Meca, pois atacava as crenças tradicionais, ameaçando assim os lucros que a cidade obtinha com a peregrinação anual a Caaba. Corria portanto sérios riscos em Meca, o que o levou a procurar outra cidade para morar. Atendendo ao convite formal de mercadores de Medina para se instalar nessa cidade, situada cerca de 300 quilômetros ao norte de Meca, seguiu para lá no ano de 622, levando por volta de 300 adeptos. Essa migração ou hégira (hijra, em árabe) de Meca para Medina marcou uma reviravolta na vida de Maomé. (A data foi depois adotada como ponto de partida do calendário muçulmano.) Do simples cidadão que era em Meca, tornou-se, em Medina, o chefe supremo da comunidade. Foi a partir daí, também, que o teor das revelações mudou.
Enquanto estivera em Meca, Maomé pregara a existência de um só deus e submissão total (islam em árabe) a ele. A ida para Medina deu condições para que suas propostas deixassem de ter um caráter apenas religioso e passassem a ter um caráter político, gerando um Estado muçulmano (o termo muçulmano vem do árabe muslim, que significa “submisso”). Teve início o djihad, a guerra santa de conquista de Meca, considerada a cidade sagrada do islã. As caravanas que saíam de Meca ou para lá se dirigiam eram assaltadas em nome de Alá.
Após vários anos de lutas, na primavera de 628, Maomé sentiu-se suficientemente forte para atacar Meca. Em 630, ele marchou sobre a cidade com 10 mil homens e a tomou sem enfrentar resistência. Destruiu os ídolos da Caaba, respeitando apenas a Pedra Negra. Em seguida, proclamou Meca a cidade santa do islã. Estavam assentadas as bases do Estado islâmico.
Maomé tinha então 60 anos e vivera apenas mais dois.
Caaba |
O islamismo prega a obediência a um único deus. A frase “Não há outro Deus além de Alá e Maomé é o seu profeta” é a base de tudo. As revelações de Maomé são chamadas em árabe de quran, ou seja, “declamação”, “recitação”. Daí o nome Corão ou Alcorão (Al Quran), o livro sagrado dos muçulmanos. No dia-a-dia, o livro é recitado na porta das mesquitas e nas cinco orações diárias. Alem do Corão, existe uma outra fonte de revelação feita por Alá: a sunna ou “tradição”, que é o relato da vida, da palavra e das ações de Maomé. Hoje, 90% dos muçulmanos são sunitas, seguidores da sunna. Os 10% restantes são xiitas, seguidores da shi´at “facção”, que obedecem exclusivamente às palavras do Corão.
O islã exige o cumprimento dos seguintes preceitos: crer em um único deus, Alá; orar cinco vezes ao dia, com a cabeça voltada em direção a Meca; praticar a caridade; jejuar no Ramadã; orar em comum ao meio-dia da sexta-feira e fazer a peregrinação à cidade santa ao menos uma vez na vida.
O Corão diz: “O sincero é o combatente”. Em outro trecho, afirma: “Matem os infiéis onde quer que eles estejam; prendam-nos, ataquem-nos e preparem contra eles todos os tipos de emboscadas”. Além de inumeras partes de reflexão religiosa e espiritual, é claro. A pregação monoteísta de Maomé poderia ser (e acabou sendo) interpretada como uma pregação à prática de guerra. Os califas que o sucederam politicamente utilizaram-se do conceito de djihad (“guerra santa”) para impulsionar o expansionismo árabe.
Num momento em que o Império Romano do Ocidente havia desmoronado e os impérios Bizantino e Persa se esfacelavam, os árabes expandiram consideravelmente seus territórios. Em menos de 100 anos o islã era a religião de toda a costa sul e leste do Mediterrâneo, além de ter se espalhado pela Pérsia, até o vale do Indo, e para a Península Ibérica. A partir da Península Ibérica os árabes pretendiam dominar a Europa do reino franco. Mas em 732 foram contidos pelos francos, sob a liderança militar de Carlos Martel, na Batalha de Poitiers, no sul da França.
Muçulmanos fazendo orações no Ramadã |
Em função de tantas conquistas, a civilização árabe viveu seu apogeu. Ela sintetizou, criativamente, as tradições culturais árabe, bizantina, indiana, persa e grega. Encantada pelo contato com os livros de ciência dos gregos, traduziu os livros de Euclides, Aristóteles, Ptolomeu e outros, contribuindo, dessa forma, para preservá-los. Tantas assimilações em tantas direções fizeram de muitos árabes astrônomos, médicos, filósofos, arquitetos e alquimistas.
A alquimia era uma mistura de ciência, arte e magia que foi se desenvolvendo até se transformar numa forma inicial da química. O maior alquimista árabe foi Jabir Ibn Hayyan, que pesquisava métodos para se obter um agente capaz de transformar outros metais em ouro. Para o homem medieval a busca do ouro era a busca da perfeição. Daí muitos considerarem que, se ingerido, o agente capaz de transformar metais em ouro também conferisse a imortalidade. Esse agente passou a ser conhecido como a “pedra filosofal”. Os esforços de Jabir mostraram-se inúteis, mas suas pesquisas demonstravam sua familiaridade com métodos químicos ainda hoje utilizados, como a sublimação, a cristalização e a destilação.
Outra alquimia árabe, no sentido metafórico, ocorreu na literatura: As mil e uma noites, um livro que mistura histórias da Índia, da Pérsia, da Ásia Menor, enfim, do mundo conquistado pelos árabes. Seus contos têm fascinado o mundo inteiro e influenciado grandes escritores, como os franceses Victor Hugo, Voltaire e outros tantos.
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ResponderExcluirAlá e Deus são a msm coisa??? vc é maluco kra.Só pode
ResponderExcluiranonimo 29/02/2012 se o senhor jesus foi o que historiadores acham, e vocé tambem acha, por que a palavra de jesus chegou tão longe quando quem usa a palavra e prega um jesus vivo e não morto são os critãos não prega sobre imagens como voce mesmo mostro isto e parte da igreja catolica e não cristã. me responda por a palavra de Deus cresceu tanto. E outra este sinal que voce utiliza é do diabo arrependa-se dos teus pecados enquanto é tempo PORQUE JESUS O CRISTO NÃO SE APAGOU<<<<<<<<<<<<<<<RESPONDA,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
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