domingo, 1 de maio de 2011

A criação de Mickey Mouse

Oswald, o Coelho Sortudo
Em fevereiro de 1928, Walt Disney era um cineasta com apenas um sucesso no currículo: Oswald, o Coelho Sortudo. O personagem de animação havia sido lançado um ano antes, com algum êxito de bilheteria. Quando viajou a Nova York para pedir ao estúdio Universal um aumento nos ganhos, ouviu uma contraproposta ofensiva: aceitar a redução de 20% no cachê, ou então a empresa lhe tomaria o coelho - nessa época Disney ainda não era o gênio empresarial que viria a se tornar e, em função de um contrato mal assinado, acabou perdendo os direitos do personagem. Na viagem de trem para sua casa em Hollywood, ele começou a pensar numa alternativa - um animal parecido com Oswald, apenas com o rabo mais longo e as orelhas mais curtas. Quis batizá-lo de Mortimer, mas o personagem teve seu nome alterado para Mickey Mouse por sugestão de Lillian, sua esposa, que considerava o primeiro nome pretencioso e formal demais para o personagem. Ela então sugeriu Mickey. Ao chegar em casa, Disney tinha um esboço pronto do ratinho.
Em 18 de novembro de 1928, o personagem estreou nos cinemas com o curta-metragem Steamboat Willie. Essa é a versão oficial para o nascimento desse ícone do século 20. Mas os biógrafos do empresário contam uma história  diferente: a idéia de substituir o coelho foi de Disney, mas Mickey teria sido desenhado depois, pelo animador Ub Iwerks. Controvérsias à parte, o fato é que o sucesso foi imediato. Em 1929, o bichinho dócil, íntegro e ingênuo protagonizou 12 curtas-metragens. Cinco anos depois, ele já rendia 600 mil dólares em merchandising e era o grande símbolo da empresa. Enquanto isso, o coelho Oswald sumia do mapa - até ser novamente adquirido pela Disney, em 2006. 




Histórias de um camundongo

O personagem já bebeu cerveja, fumou e até foi usado como código militar:

Remodelagens
Mickey fez várias "plásticas", a mais recente em 2000. Com o rabo e o focinho menores, ele ganhou jovialidade. A mudança completou uma transição identificada por Marc Eliot, biógrafo de Disney: com o tempo, o rato ficou cada vez mais arredondado e parecido com uma criança.


Uma só voz
Disney falava de Mickey como se ele fosse um filho. A relação do criador com a criatura era tão forte que o empresário dublou o rato de 1928 até 1946. Desde então, dois atores se sucederam na tarefa de ser a voz do personagem.


Álcool e cigarro
Antes da estréia oficial, Walt dirigiu dois filmes com o personagem, mas ambos só chegaram aos cinemas depois de Steamboat Willie. Em um deles, The Gallopin' Gaucho, o camundongo bebe cerveja, fuma e dança tango com a namorada Minnie. A popularidade que o personagem ganhou em pouco tempo foi tão grande que Walt Disney resolveu torná-lo politicamente correto já em 1930. Disney considerava o camundongo um amuleto, já que seu sucesso quase imediato em 1928 fez com que saísse da miséria, portanto rechaçou diversas tentativas de seus sócios e subordinados de acabar com o personagem ainda nos anos 1930.

Sucesso tardio
Em 1940, Fantasia, o primeiro filme de longa-metragem do ratinho, custou 2,28 milhões de dólares e foi um fiasco comercial. Só nos anos 60 a animação, que não tinha diálogos e era acompanhada por música erudita, tornou-se um clássico do cinema.


Máquina de dinheiro
Na década de 30, o ratinho virou febre mundial. Vários países o rebatizaram: na Itália, ele era Topolino; na Suécia, Musse Pigg; no Japão, Miki Kuchi. Surgiu também uma gama de produtos com a marca do bicho. Em 1933, foram vendidos mais de  2,5 milhões de relógios do personagem.

Senha militar
Na Segunda Guerra, os estúdios Disney produziram filmes e pôsteres em prol dos soldados americanos. A popularidade do rato era tão grande que "Mickey Mouse" foi usado como senha durante as operações do Dia D.



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                                                              Leandro Matos & Carolina Machado

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