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Oswald, o Coelho Sortudo |
Em 18 de novembro de 1928, o personagem estreou nos cinemas com o curta-metragem Steamboat Willie. Essa é a versão oficial para o nascimento desse ícone do século 20. Mas os biógrafos do empresário contam uma história diferente: a idéia de substituir o coelho foi de Disney, mas Mickey teria sido desenhado depois, pelo animador Ub Iwerks. Controvérsias à parte, o fato é que o sucesso foi imediato. Em 1929, o bichinho dócil, íntegro e ingênuo protagonizou 12 curtas-metragens. Cinco anos depois, ele já rendia 600 mil dólares em merchandising e era o grande símbolo da empresa. Enquanto isso, o coelho Oswald sumia do mapa - até ser novamente adquirido pela Disney, em 2006.
Histórias de um camundongo
O personagem já bebeu cerveja, fumou e até foi usado como código militar:
Remodelagens
Mickey fez várias "plásticas", a mais recente em 2000. Com o rabo e o focinho menores, ele ganhou jovialidade. A mudança completou uma transição identificada por Marc Eliot, biógrafo de Disney: com o tempo, o rato ficou cada vez mais arredondado e parecido com uma criança.
Uma só voz
Disney falava de Mickey como se ele fosse um filho. A relação do criador com a criatura era tão forte que o empresário dublou o rato de 1928 até 1946. Desde então, dois atores se sucederam na tarefa de ser a voz do personagem.
Álcool e cigarro
Antes da estréia oficial, Walt dirigiu dois filmes com o personagem, mas ambos só chegaram aos cinemas depois de Steamboat Willie. Em um deles, The Gallopin' Gaucho, o camundongo bebe cerveja, fuma e dança tango com a namorada Minnie. A popularidade que o personagem ganhou em pouco tempo foi tão grande que Walt Disney resolveu torná-lo politicamente correto já em 1930. Disney considerava o camundongo um amuleto, já que seu sucesso quase imediato em 1928 fez com que saísse da miséria, portanto rechaçou diversas tentativas de seus sócios e subordinados de acabar com o personagem ainda nos anos 1930.
Sucesso tardio
Em 1940, Fantasia, o primeiro filme de longa-metragem do ratinho, custou 2,28 milhões de dólares e foi um fiasco comercial. Só nos anos 60 a animação, que não tinha diálogos e era acompanhada por música erudita, tornou-se um clássico do cinema.
Máquina de dinheiro
Na década de 30, o ratinho virou febre mundial. Vários países o rebatizaram: na Itália, ele era Topolino; na Suécia, Musse Pigg; no Japão, Miki Kuchi. Surgiu também uma gama de produtos com a marca do bicho. Em 1933, foram vendidos mais de 2,5 milhões de relógios do personagem.Senha militar
Na Segunda Guerra, os estúdios Disney produziram filmes e pôsteres em prol dos soldados americanos. A popularidade do rato era tão grande que "Mickey Mouse" foi usado como senha durante as operações do Dia D.__________________________________________________________________
Leandro Matos & Carolina Machado
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